Segurança Ocupacional

RISCOS OCUPACIONAIS RELACIONADOS À ODONTOLOGIA

"O homem não é outra coisa senão seu projeto e só existe à medida que o realiza"
Jean Paul Sartre

A prática profissional odontológica apresenta como uma de suas principais características o risco ocupacional em virtude de hábitos, posturas e patologias advindas da profissão. Esta preocupação fundamenta-se na natureza inerente ao trabalho odontológico que exige do profissional uma interação direta e freqüente com pessoas, materiais e equipamentos tendo como conseqüência o risco de contaminação por radiação e agentes alergênicos.

Esses riscos podem e devem ser evitados através da observância das normas técnicas de biossegurança e da padronização do atendimento.

A incorporação de normas de Biossegurança significa coerência e responsabilidade com os preceitos de SAÚDE.

O ambiente de trabalho, suas instalações e equipamentos associados ao tipo de atividade desenvolvida, expõem o profissional de Saúde a manifestações patológicas do tipo infectocontagiosas como hepatite, herpes e AIDS; ou crônico-degenerativas, decorrentes de efeitos cumulativos, como hidrargiria [manifestação da pele ao mercúrio], postura corporal inadequada, doença óssea relacionada ao trabalho (DORT) e efeitos da radiação ionizante.

As definições de Biossegurança contemplam ações que contribuem para a segurança das pessoas e do ambiente desde as medidas que visam a evitar riscos físicos (radiação, temperatura, ruídos) ergonômicos (posturais), químicos (substâncias tóxicas), biológicos (agentes infecciosos) e estresse.

As Medidas de Precaução Padrão preconizam um efetivo programa de imunização [vacina Hepatite B, dupla-T, gripe], lavagem rotineira das mãos, uso dos equipamentos de proteção individual (EPIs), cuidados com o descarte de agulhas e outros perfurocortantes, além de todos os cuidados com a limpeza, desinfecção e esterilização de materiais, equipamentos, ambiente de trabalho e o descarte de lixo contaminado e não contaminado (CVS-11São Paulo, 1995; São Paulo, RSS-15, 1999; NR-32, MT, 2005; Manual da ANVISA, Ministério da Saúde, 2006).

A adoção e adesão a essas medidas preventivas têm papel essencial ao bom desempenho profissional.

Reforçamos que o risco ocupacional após exposições a materiais biológicos, já demonstrado em grandes estudos é variável e depende do tipo de acidente e de outros fatores envolvidos, tais como a gravidade ou o tamanho da lesão, a presença e o volume de sangue envolvido, além das condições clínicas do paciente-fonte e o seguimento adequado pós-exposição.

Frente à exposição ao material biológico seguir as recomendações do Ministério da Saúde desde a comunicação do acidente, notificação e encaminhamento aos serviços de referência em atendimento a acidentes com material biológico para identificação e conduta medicamentosa se necessário.

Tornar seguro o ambiente de trabalho é dever de todo profissional.

Próximo post: 31/05/2010

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2 comentários:

MuriloCM disse...

Muito boa a definição de biosegurança... e adorei a citação no início!

Anônimo disse...

è isso mesmo Murilo...
Pensamos muito nesta citação que intersecciona o compromentimento com a realização do projeto...

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