ESTERILIZAÇÃO JÁ!

Para os artigos críticos, a esterilização é o procedimento aceito se o artigo for termorresistente, a autoclavação com pré-vácuo é o processo imbatível, pois é seguro, rápido, econômico, não-tóxico e que permite ser seguramente monitorizado. [Graziano, K]

A esterilização é o processo que visa promover a completa eliminação ou destruição de todas as formas de microorganismos presentes: vírus, bactérias, fungos, protozoários, esporos, para um aceitável nível de segurança. O vapor saturado seco sob pressão é o processo de esterilização que apresenta maior segurança e permite melhor monitoração do mesmo. A esterilização está fundamentada na troca de calor entre o meio e o objeto a ser esterilizado destruindo todas as formas de vida em temperaturas entre 121°C a 134°C.

A superfície fria dos artigos dispostos na autoclave sofrem uma condensação que libera o calor latente aquecendo e molhando simultaneamente os materiais promovendo a termo-coagulação das proteínas.

É este procedimento que elimina os microorganismos. O calor latente pode ser compreendido como o calor recebido durante uma mudança de estado físico, mantendo-se na mesma temperatura. A esterilização está fundamentada nessa troca de calor entre o meio e o objeto a ser esterilizado.

O ciclo de esterilização compreende: remoção do ar, admissão do vapor, exaustão do vapor e secagem dos artigos. Os equipamentos que fazem esterilização (a vapor) são as autoclaves do tipo:
1. Gravitacional: o vapor é injetado forçando a saída do ar. A fase de secagem é limitada uma vez que não possui capacidade para completa remoção do vapor. Os artigos ficam úmidos pela dificuldade de remoção do ar.
2. Pré-vácuo: o ar é removido pela formação de vácuo, antes da entrada do vapor, assim quando este é admitido, penetra instantaneamente nos pacotes. Vantagem: é mais seguro que o gravitacional devido à alta capacidade de sucção do ar realizada pela bomba de vácuo.

O uso de soluções químicas para esterilização deve apenas restringir-se às situações emergenciais e não de rotina, por serem métodos manuais, sujeitos a muitos erros operacionais, em que nenhum monitoramento é possível.

OBS.:
1. As autoclaves que atendem a odontologia são gravitacionais e algumas já apresentam um sistema de pré-vácuo.
2. É importante ter atenção com as embalagens. Elas devem permitir que o vapor atinja os artigos e, ao mesmo tempo, sejam resistentes ao processo, promovendo barreira microbiana. As embalagens devem proteger os artigos em seu interior de modo a manter a esterilidade* até o momento da sua abertura.
*Esterilidade ou nível de segurança (SAL) é um número definido para margem de segurança nos processos de esterilização.

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Dentista, muito cuidado com as embalagens!

EMBALAR: Acondicionar, empacotar, proteger o conteúdo. [Dicionário Língua Portuguesa]

Os artigos devem ser acondicionados em embalagens para evitar a recontaminação após a esterilização. Ao mesmo tempo, o material da embalagem deve ser adequado para permitir a esterilização dos artigos contidos dentro dele. A embalagem deve oferecer uma barreira microbiana e permitir a passagem de ar e do agente esterilizador. Como por exemplo, o vapor.

As embalagens de qualidade garantem aos materiais neles embalados, quando submetidos a um adequado processo de esterilização, a manutenção das condições de esterilidade até o momento do uso.

Na manufatura devem seguir normas técnicas internacionais, cujas medidas são adequadas ao tipo de produto a ser esterilizado oferecendo permeabilidade ao agente esterilizante, selagem tripla que garante a integridade da embalagem, resistência às condições de transporte e estoque.

Os tipos de embalagens deverão ser escolhidos de acordo com a capacidade da autoclave.

Os rolos e envelopes comercializados, adequados aos artigos médico-odonto-hospitalares, são compostos de papel grau cirúrgico e de porosidade controlada, filme termoplástico bilaminado de polietileno e polipropileno, ideal para autoclave a vapor e óxido de etileno. Atualmente muitas embalagens possuem indicadores químicos para vapor e etileno (ETO) que mudam de cor diferenciando os produtos já processados.

As caixas (contêiner) metálicas agem como retentores do calor e auxiliam na secagem do material. No entanto, produzem mais condensados quando não embalados apropriadamente e não auxiliam na revaporização final.
As caixas plásticas agem como isoladores e resfriam rapidamente. O contato com superfícies ou ambientes mais frios provoca condensado rapidamente.

Obs.:

• As embalagens para esterilização não podem ser reutilizadas. Elas são de uso único e, portanto, são descartáveis.

• O papel crepado pode ser utilizado para procedimentos de esterilização

• É proibido o uso de papel Kraft, papel toalha, papel manilha

• Pode ser usado tecido de algodão, não tecido - SMS (manta de polipropileno-100%)

• Cuidado no armazenamento das embalagens para assegurar sua integridade

• Validade das embalagens: por enquanto na odontologia observar sete dias (segundo a legislação vigente-ANVISA)

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