Antissepsia

É a destruição de microorganismos existentes nas camadas superficiais ou profundas da pele, mediante a aplicação de um agente germicida de baixa causticidade, hipoalergênico e passível de ser aplicado em tecido vivo.

A descontaminação de tecidos vivos depende da coordenação de dois processos: degermação e antissepsia.

Degermação é a remoção de detritos e impurezas depositados sobre a pele.

Sabões e detergentes sintéticos, graças a sua propriedade de umidificação, penetração, emulsificação e dispersão, removem mecanicamente a maior parte da flora microbiana existente nas camadas superficiais da pele, também chamada flora transitória, mas não conseguem remover aquela que coloniza as camadas mais profundas ou flora residente.

Os sabões e detergentes sintéticos (não iônicos e aniônicos) devem ser classificados como degermantes, e não como antissépticos.

Preconiza-se o uso de sabão líquido e o cuidado maior que se deve ter no manuseio do sabão é evitar seu contato com a mucosa ocular, contato prolongado com a pele, que pode produzir irritação local.

Um antisséptico adequado deve exercer a atividade gemicida sobre a flora cutânea-mucosa em presença de sangue, soro, muco ou pus, sem irritar a pele ou as mucosas.

Os agentes que melhor satisfazem as exigências para aplicação em tecidos vivos são os iodos, a clorohexidina, o álcool e o hexaclorofeno.

Soluções antissépticas com detergentes (degermantes) e se destinam à degermação da pele, removendo detritos e impurezas e realizando antissepsia parcial.
Como exemplos citam:
• - Solução detergente de PVPI a 10% (1% de iodo ativo)
• - Solução detergente de clorhexidina a 4 %, com 4% de álcool etílico
• - Álcool etílico a 70%, com ou sem 2% de glicerina.


As técnicas de assepsia e antissepsia são de extrema importância para reduzir os riscos de infecção.

Próximo post: 04/10/2010.

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Monitoramento e validação do processo de esterilização!

“Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis”. (René Descartes)

... Monitoramento é a observação e o registro regular das atividades de um projeto ou programa ...

O monitoramento para controle da qualidade de esterilização é feito para garantir a eficiência dos processos de esterilização. O monitoramento deve avaliar e controlar todas as fases da esterilização com a finalidade de detectar possíveis falhas e onde elas ocorrem.

A esterilização feita na autoclave é um dos processos que permitem melhor monitoramento. Ele pode ser comprovado por meio físico, químico e biológico.

Após a validação ou certificação da máquina, no dia-a-dia, é possível obter os controles mecânicos que devem ser controlados a cada ciclo, pois acusam todos os parâmetros físicos necessários para o sucesso da esterilização (temperatura, pressão e tempo). Alguns equipamentos possibilitam a impressão destes dados pela máquina.

Os indicadores químicos são fitas de papel impregnadas com uma tinta termo-crômica que muda de cor quando exposta à temperatura elevada por um determinado tempo. Elas podem apenas indicar a exposição ou não ao calor (indicadores específicos de temperatura) ou ainda indicar a ação de diferentes componentes como tempo, temperatura e vapor (integradores).
Os indicadores colocados externamente nos pacotes a serem esterilizados indicarão apenas se o material passou ou não pelo processo de esterilização.

Os indicadores químicos multiparamétricos são tiras de papel impregnadas por tinta termoquímica que mudam de cor como as fitas adesivas. Devem ser colocados no interior dos pacotes e indicam que a embalagem foi permeável ao agente esterilizante e também, que o tempo e a temperatura padronizados para a esterilização foram atingidos em um determinado momento.

Há os integradores ou emuladores, que são indicadores químicos classe 5 e 6, respectivamente, cuja pastilha (de alta temperatura de fusão) apenas derrete e migra para a zona de aceitação. Isso acontece quando todos os parâmetros exigidos para a esterilização são alcançados. No emulador, a fusão da pastilha ocorre somente quando 95% do ciclo já se completou.

O monitoramento biológico permite a comprovação da eficiência da esterilização, uma vez que o crescimento de microorganismos após a aplicação do processo é diretamente testado. Este indicador consiste em uma preparação padronizada de esporos bacterianos em suspensões que contêm em torno de 106 esporos por unidade de papel e que, considerando todas as variáveis intervenientes no processo de esterilização, atestam a efetividade do processo.

Tal procedimento deve ser realizado semanalmente. Para a autoclave, utiliza-se o geobacilo esporulado Stearothermophillus, disponível em sistemas auto-contidos de 2ª e 3ª gerações, os quais apresentam seus resultados após 48 horas e três horas respectivamente.

OBS.: A atuação do pessoal que trabalha nesta área e as práticas empregadas devem ser constantemente supervisionadas, certifica-se assim a adesão aos métodos para o controle da qualidade dos processos.

 O monitoramento biológico deve ser realizado semanalmente.
 É obrigatório caderno registro para anotação dos resultados.


Próximo post dia 20/09/2010

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